Justiça cega pune pescadores do Cumbe

Triste história... 

O poder econômico destruindo a natureza e as famílias do Sítio Cumbe. Recentemente, uma liminar expedida pela Juíza Ana Celina Monte Studart Gurgel Carneiro, da primeira vara de Aracati (CE) reintegra posseiro que construiu sua fazenda de camarão sobre área de mangue (Área de Preservação Permanente), requisitando força policial para expulsá-los por estarem utilizando o manguezal para pescar e criar ostras (veja liminar abaixo, na sequência de fotos - cliquem e se abrirá na tela para melhor visualização).
O que está errado nisso, pergunto? Se os pescadores tradicionalmente usuários desse recurso não podem utilizar os mangues para seu sustento e sobrevivência, sobrará apenas para empresários inescrupulosos o fazerem, respaldado pela leitura equivocada e inescrupulosa da justiça? Já não bastasse o trator do Novo Código Florestal, ameaçando a segurança e a soberania alimentar. 

A pesca artesanal é responsável por mais de 70% da produção no Norte e Nordeste. Os manguezais geram quase 10 empregos por hectare, enquanto que a atividade de carcinicultura, menos de uma.
A impunidade, o descaso do governo, a corrupção e principalmente a política assistencialista, travestida de um discurso pseudo-socialista, além do desmonte da gestão ambiental brasileira, vem provocando a exclusão social, a favelização e a destruição da nossa cultura, da família e da tradição. Futuro mais do que ameaçado, enquanto estivermos com as mãos atadas e sujeitos a ignorância jurídica, tendenciosa.

O link abaixo relata o sofrimento das pessoas na Comunidade Sítio Cumbe, em Aracati. Explorem as outras publicações, como a invasão e destruição pelas eólicas e sentirão a pressão que as famílias vem sofrendo. As fotos abaixo foram extraídas do blog.

http://comunidadesitiocumbe.blogspot.com.br











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