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Mangues sob ameaça: investida lobista

Mangues sob ameaça: investida lobista 02.12.2011| 01:30 A tomada de posição de grande parte da bancada nordestina no Senado contra a continuação dos mangues e apicuns como Áreas de Preservação Permanente (APPs) causa estupor na sociedade. A pressão sobre os parlamentares é exercida pelo lobby dos criadores de camarão, que tenta “vender” a atividade como de “interesse social”, para assim driblar a legislação ambiental. Embora seja legítima a articulação de qualquer segmento econômico na defesa de seus próprios ganhos (eles já haviam conseguido liberar a atividade em áreas ocupadas até 2008), mais valem os interesses majoritários da sociedade. Ainda que a produção de camarões seja importante para a pauta de exportação, o argumento do “interesse social” é inconsistente e poderia ser brandido por qualquer segmento que se sinta restringido pela legislação ambiental. Ora, não interessa ao Brasil ter o mesmo destino de certos países asiáticos (e até mesmo do continente americano) que se d...

Energia Eólica: lobo travestido de cordeiro?

Energia Eólica: lobo travestido de cordeiro? Após o “descobrimento” do aquecimento global, o meio ambiente têm ocupado crescente espaço em nossas vidas. Isso levou muitos termos da ecologia e das ciências ambientais a serem utilizados de forma indiscriminada pela mídia, políticos e empresários. Exemplos clássicos são exatamente as expressões “energias limpas” e “energias renováveis”, considerados por muitas pessoas como sinônimos. O primeiro diz respeito a fontes energéticas que produzem pouco ou nenhum poluente durante seu processo de geração. O segundo leva em conta apenas a disponibilidade ou taxa de renovação da fonte energética (se compatível ou não com a escala temporal humana). Frequentemente as pessoas associam esses dois conceitos acreditando que energias renováveis são limpas e vice-versa. No entanto, podemos pagar um preço caro por essa questão aparentemente insignificante, pois energias renováveis não são necessariamente limpas (apesar de a recíproca geralmente ser verdade...
Ibama e Exército vão implodir viveiro de camarões irregular no litoral sul Quarta-feira, 09 de Novembro de 2011 às 09:47 / Por: Nathan Figueiredo O Ibama realiza amanhã (10), a partir das 10h, ação inédita no RN: a implosão de um viveiro de camarões irregular. A operação será realizada com o apoio do Exército e vai mobilizar cerca de 30 homens, entre analistas ambientais, militares especializados em explosivos e pessoal de apoio. O objetivo da ação - determinada pela Justiça Federal - é destruir um tanque para cultivo de camarões que foi construído sobre área de manguezal. Desde 2000 o Ibama vem autuando e embargando o empreendimento, localizado no litoral sul do Estado, mas, segundo o instituto, seu proprietário não providencia as licenças ambientais necessárias e não respeita os embargos. No total já foram aplicadas quatro multas (2000, 2006, 2009 e 2011), cuja soma é de cerca de R$ 30 mil. A implosão do tanque, que tem aproximadamente um hectare de área, será feita em dois p...

Indagações sobre o Corredor Eólico

Indagações sobre o Corredor Eólico A geração de energia eólica se apresenta como uma alternativa totalmente limpa e benéfica para a sociedade. No entanto, persistem muitas indagações sobre as implicações sociais e também ambientais desta fonte de energia. Emiliano Castillo Jara México / Ecologia – Diante do problema da mudança climática, vem sendo discutido o uso de energias renováveis, incluindo a que o vento produz, a eólica. Ela é promovida pelas empresas multinacionais, organismos financeiros internacionais, organizações não governamentais dos Estados Unidos, Alemanha, Japão e Espanha —que desenvolveram essas tecnologias—, já que o México não tem a capacidade econômica nem política para fazer isso. O desenvolvimento de energias renováveis se converteu numa concorrência entre dezenas de países ricos e suas empresas multinacionais, que procuram obter lucros promovendo o uso de energias limpas. O objetivo é reforçar, desta maneira, relações de dominação, mais que proteger o meio am...
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Defensoria Pública apoia comunidade do Cumbe, Ceará, contra eólicas Por racismoambiental, 26/09/2011 17:57 A implantação do Parque Eólico, as violações ao meio ambiente, a sustentabilidade das família e o direito de ir e vir, com acesso garantido à praia e às lagoas do Cumbe, Ceará, foram discutidos em reunião promovida pela RENAP, a pedido da comunidade, com o Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da Defensoria Pública. Representando a comunidade, João do Cumbe narrou as violações que ela vem sofrendo em seus direitos. Já o Professor Joevah Meireles, da Universidade Federal do Ceará, fez a entrega de estudos sobre a situação e falou sobre alternativas locacionais e tecnológicas para a implantação de parques eólicos no litoral cearense. Falando pelo Núcleo, a Defensora Amélia Rocha prometeu que contactaria os defensores de Aracati, para trabalhar conjuntamente com eles. Amélia Rocha, a Ouvidora Geral Virgínia Ferreira e Rodrigo de Medeiros Silva, pela Renap, levantaram ainda a p...
PAUTA DE REIVINDICAÇÃO DAS COMUNIDADES DO CUMBE E CANAVIEIRA MANIFESTAÇÃO REALIZADA EM SETEMBRO DE 2009, CONTRA OS DESMANDOS DA EMPRESA DE ENERGIA EÓLICA BONS VENTOS. NESSA MANISFESTAÇÃO PARTE DA COMUNIDADE PASSOU DEZENOVES DIAS ACAMPADOS NA ESTRADA DE ACESSO AO PARQUE QUE FICA NAS DUNAS DA COMUNIDADE. 1-Estrada do Aracati ao Cumbe 12 km, pavimentação/asfalto -iniciando do dique até a Cagece no Cumbe; 2-Acesso livre dos moradores e visitantes as dunas, lagoas,praia, cemitério, manguezal, sítios arqueológicos e etc, pela estrada da eólica; 3-Indenização aos moradores que foram prejudicados pelas obras do parque eólico e linha de transmissão com ou sem documento da propriedade (casas, cercas, quintal e etc); 4-Construção da Ponte do Remanso - braço do Cumbe; 5-Emprego – priorizar as pessoas do Cumbe e Canavieira para realizar os trabalhos na áreas do parque; 6-Posto de saúde equipado no Cumbe; 7-Caixa d’água entre as duas comunidades e subsídio de 80% para todos os moradores; 8-Praças e ...
Ata da reunião sobre o Museu Arqueológico do Cumbe (Museu Comunitário) "Somente após ter sido derrubada a última árvore, somente após ter sido pescado o último peixe, somente após ter sido envenenado o último rio, somente então vamos perceber que não podemos comer dinheiro". (Profecia de Índio) No dia 09 de julho de 2011 reúnem- se na localidade do Cumbe para discutir o Museu Comunitário do Cumbe: João do Cumbe (professor/morador do Cumbe), Rodrigo (RENAP), Patrícia (bolsista do IPHAN), Ana Cláudia (TRAMAS), Luiz Antonio (artesão da comunidade), Correa (Museu Jaguaribano), José Silvério de Oliveira (morador do Cumbe), Francisco da Silva de Queiroz (artesão do Cumbe), Angela (Conselho de Cultura), Cleomar (Pescadora/marisquiera), Edite (artesã do Cumbe), Luisa (natural de Fortim) e Raimundo Gozanga (artesão do Cumbe). A idéia do Museu surge em setembro de 2008, com a vinda do parque eólico. Antes das eólicas, já se havia pensado em um museu a céu aberto, no local dos artefatos...