ENCONTRO DOS ATINGIDOS PELA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

Segunda-feira, 21 de Junho de 2010 10:14:53
[FORCEMA] Campina sedia encontro dos atingidos pela Transposição
...
De:
Rodrigo de Medeiros Silva [Bater-papo agora]
...
Exibir contato
Para: renapce atual ; renap ce ; forcema@googlegroups.com; Fórum Zona ; In verbis Alberto ; psol-ceara@googlegroups.com
http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matler.asp?newsId=139114Quinta, 17 de Junho de 2010 - 08h51
Campina sedia encontro dos atingidos pela Transposição
O rio São Francisco está perdendo vazão. Pior: o Velho Chico foi o rio que mais apresentou diminuição das águas no último meio século – nada menos que 35% de sua capacidade. Para se ter uma idéia dessa diminuição, o fluxo de águas na bacia do Amazonas caiu apenas 3,1%, no mesmo período, enquanto outros rios brasileiros apresentaram uma elevação na vazão. Esse é um dos alertas que o coordenador da Comissão Pastoral da Terra da Bahia (CPT), Rubens Siqueira, traz para Campina Grande, nesta quinta-feira (17), durante a abertura do Encontro de Atingidos e Atingidas pelo Projeto de Transposição do Rio São Francisco (Confira programação completa abaixo). O evento, realizado na Casa de Encontro São Clemente, no bairro de Bodocongó, tem início às 19h e contará com mais de cem participantes vindos dos cincos estados nordestinos envolvidos na transposição.
Para Siqueira, o outrora caudaloso São Francisco agora apresenta um panorama agudo, preocupante. “É um rio com todas as evidências de um quadro hídrico crítico, no entanto, o governo continua com esses projetos que privilegiam a produção de cana-de-açúcar para etanol em toda a bacia do São Francisco”. A crítica do coordenador da CPT Baiana faz referência à preferência do projeto de transposição do Velho Chico para irrigação de plantações em detrimento, não raro, ao consumo da água pelo sertanejo da região que o leito transposto vai passar. E mais: pelos números acerca dos reservatórios de água já existentes no semi-árido brasileiro, segundo Rubens Siqueira, a transposição seria um projeto totalmente redundante e desnecessário.
“O semi-árido brasileiro é a região, entre os semi-áridos do mundo, que mais concentrou água, que mais fez açudes. São 70 mil açudes. Há açudes que têm seis bilhões de metros cúbicos de água. São grandes cemitérios de água, porque essas águas estão lá e não estão sendo usadas, ou são usadas pelos grandes latifundiários. Para que, então, exportar água? Alguns falam que a transposição dará segurança hídrica às águas do nordeste. Mas nós perguntamos: aumentar a oferta hídrica para quem? Para fazer o que? A que custo? Qual o desenvolvimento que está por trás da transposição? Esse debate não está sendo feito. Essa água acumulada, por lei, deve ser acessível à população do árido, mas não é”, revela o coordenador.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das Comunidades Quilombolas do Ceará

IX Festa do Mangue do Cumbe: Viver Quilombola e Mudanças Climáticas